GONÇALO BYRNE ARQUITECTOS
 

Lisbon, Portugal

2004-2019

 
 

coauthor: BB Arquitectos (José Barra)

 

Photos: TIAGO CASANOVA

Reynaldo dos Santos Building

Reynaldo dos Santos Building is part of the Lisbon School of Medicine of the University of Lisbon located near Hospital de Santa Maria’s building. The project goes back to 2004 as the winning proposal of a competition promoted by the University of Lisbon. Several changes in the following years helped to specify the functional program as the building houses teaching, research, scientific and laboratory activities. Thus the building should present an innovative image, despite budgetary constraints.

The building’s position looked for roots in the slightly winding path of the adjacent roads. Although a single volume with a sculptural presence in which the tops come loose in fringes resulting from a dynamic vertical stratification, the building is formed by two sliding bodies united by an interior passageway. This stratification (the vertical one as well as the horizontal) corresponds to the requested laboratory typology by separating served spaces (laboratories, offices, classrooms, services, etc.) and servant spaces (corridors, infrastructures, etc.) while adapting to the slighted curved geometry of the building.

The longitudinal façades have sparse openings to avoid direct sunlight. A glazed wall between the two sliding bodies reinforces their formal autonomy while bringing a diffused natural light to the interior passageway. The recessed position of the tops of the building allows the “loosening” of the façades forming a set of undulating planes that, due to texture, colouring and luminosity, define that sculptural image of the building. From the adjacent medium-fast roads while driving the car, this image remits to the world of urban art, emphasising the relationship between the institution's innovative character and the city of Lisbon.

 
 

PORTUGUÊS

 

O Edifício Reynaldo dos Santos pertence à Faculdade de Medicina de Lisboa da Universidade de Lisboa,  inserindo-se no Campus desta numa localização próxima do Hospital de Santa Maria. O projecto remonta a 2004, tendo sido primeiro classificado no concurso promovido pela Universidade de Lisboa. Diversas alterações nos anos seguintes atrasaram a sua construção, ajudando, contudo, a especificar o programa funcional de acordo com as elevadas exigências das actividades de ensino e investigação de carácter científico e laboratorial. A estas, o edifício corresponde com uma imagem inovadora, não obstante os constrangimentos orçamentais. 

A implantação do edifício procurou raízes no traçado ligeiramente sinuoso das estradas adjacentes. Embora um volume único com presença escultórica, em que os topos se soltam em franjas resultantes de uma estratificação vertical dinâmica, o edifício é formado por dois corpos deslizantes, unidos por uma passagem interior. Esta estratificação (tanto vertical, como horizontal) corresponde à tipologia laboratorial solicitada, separando os espaços servidos (laboratórios, gabinetes, salas de aula, serviços, etc.) dos espaços servidores (corredores, infra-estruturas, etc.), enquanto se adapta à geometria curva do edifício. 

Exteriormente, as fachadas longitudinais são, praticamente, cegas, para minimizar a incidência directa do sol. Uma parede envidraçada entre os dois corpos deslizantes reforça a autonomia formal destes, ao mesmo tempo que traz uma luz natural difusa para a passagem interior. A posição recuada dos topos do edifício permite “soltar” as paredes longitudinais, formando um conjunto de planos ondulantes que, pela sua textura, coloração e luminosidade próprias, definem a imagem escultórica do edifício. De carro, das estradas semi-rápidas adjacentes, esta imagem remete, ainda, para o mundo da arte urbana, realçando a relação entre o carácter inovador da instituição e a cidade de Lisboa.