GONÇALO BYRNE ARQUITECTOS
 

lisboa, Portugal

2007-2008

 
 

Photos: joão morgado

Rehabilitation and Expansion of the former D. João de Castro High School

The rehabilitation and expansion of the D. João de Castro secondary school included the adaptation of the existing structure (the former D. João de Castro high school dates back to 1949) to a new programmatic and functional profile, implying sharing its facilities with the Vocational Training Center Electronics Industry (CINEL).

D. João de Castro high school original design dates back to Estado Novo, particularly evident in the traditional historicist vocabulary: sloping roof in ceramic tile, eaves in tile along the cornice, trims in carved stone in the main volume’s openings; stone foundation at the noble entrance; shield with the Portuguese symbols inherited from the Discoveries period, in its turn affixed to the pediment over the same entrance.

The intervention sought to maintain the identity of the preexistent building, where the pedagogical activities of the secondary school are in part kept and to create a system of buildings juxtaposed to the existing one to accommodate the new features. The new building containing the set of laboratories locates to the north of the main body of the former high school sharing the original circulation spaces that are, in their turn, expanded. This junction gives rise to a central void with a triple ceiling height similar to an interior patio with indirect natural light (through a skylight on the roof). The new building establishes a new urban boundary, emphasised by a new principal public access through a square at the same level of Jau street and the neighbouring secondary school (Rainha D. Amélia). The preexisting gap between the 2nd floor and the street is no longer an obstacle, protecting the new recreational spaces, cafeteria and other social areas. Finally, the pavilion for sports activities juxtaposes to the body of the old gymnasium. It allows the practice of various approved sports, available to the out-of-school community as well. 

 
 

Português

 

A reabilitação e ampliação da Escola Secundária D. João de Castro incluiu a adaptação da estrutura existente (o antigo liceu D. João de Castro, cuja instalação própria remonta a 1949) a um novo perfil programático e funcional, passando a partilhar as instalações com o Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica (CINEL).

O projecto original do liceu D. João de Castro remonta ao Estado Novo, o que se denota, particularmente, no vocabulário historicista tradicional: cobertura inclinada em telha cerâmica, beirado em telha ao longo da cornija, guarnições em pedra trabalhada nos vãos do volume principal, embasamento em soco de pedra na entrada nobre e escudo com as “quinas” aposto ao frontão sobre a mesma entrada. 

A intervenção procurou salvaguardar a identidade do edifício original, onde se mantém parte das actividades pedagógicas do ensino secundário, e criar um sistema de edifícios, justaposto ao existente, para acolher as novas valências. A norte do corpo principal do antigo liceu, surge o edifício que contém o conjunto de laboratórios de electrónica, electromecânica, informática, micro-soldadura, electrónica de circuitos, domótica, energias renováveis e respectivos espaços de apoio. A circulação original passa a servir os dois corpos e é ampliada. Desta junção, nasce um espaço central de triplo pé-direito, semelhante a um pátio interior, com luz natural indirecta (através de um lanternim de face vertical na cobertura). Este corpo novo estabelece um novo limite urbano, enfatizado com a criação de um novo acesso público principal, através de uma praça sobre-elevada, à cota da rua Jau e da escola secundária vizinha (Rainha D. Amélia). O desnível preexistente, entre o piso 2 e a rua, deixa de constituir um obstáculo, passando a proteger os novos espaços de recreio, refeitório e cafetaria, como zonas de convívio. Por fim, o pavilhão das actividades desportivas justapõe-se, a Norte, ao corpo do antigo ginásio, passando a acolher a prática de várias modalidades homologadas, o que possibilita a sua utilização pela comunidade extra-escolar.